quarta-feira, 6 de novembro de 2013

VIAJANTE DO TEMPO


(Distopia blues’n’roll)
Pela fumaça do bar
Percebo que estou no passado
Eu acabei de chegar
Me sirva algum drink gelado
“Sim”, eu insisto
“Eu vim do futuro
E lá era um lugar bem seguro
Ninguém mais fuma num bar
A vida é cheia de muros
Ninguém bebe, ninguém transa, nem sonha
Mas também, ninguém vai se frustar
Todo mundo vive cheio da grana
E o passatempo é ir pro shopping gastar
Eu sei, meu papo parece absurdo
Mas não é sempre que escapo ao futuro
E não quero perder um segundo
Que tal um beijo
Ao som da banda no fundo     
Talvez uma transa...
Entenda
Não posso perder um segundo                
Pois de onde eu venho
Ninguém mais faz barulho
Ninguém tem banda
Ninguém toca num bar
Só hologramas projetados na mente
Ninguém beija nem ama
O computador faz gozar
Então por favor
Não deixe esse lapso de tempo passar
Não é sempre que o futuro
Deixa alguém
Equivocadamente
Por um rasgo do tempo
Feito um fugitivo de Alcatraz
Escapar...”
(Edson Leão)

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