quarta-feira, 7 de março de 2012

As estátuas de bronze do solar


(Edson Leão)

Aos barões do tempo
Deixo a sola de meus versos
No assoalho da voz
Tatuando no chão
Os sinais de fogo da rebelião

Aos barões do tempo
Deixo a gota
De veneno
Destilada dos sons
De suas taças cristais
Dos troféus de caça
A morder seu sono

Capoeira poeira levantou
A navalha do vento o verbo atou
Dissipando as algemas da razão
E a poesia abre um rasgo no real
Pra ver doer, sangrar
As estátuas de bronze do solar...