(Edson Leão)
Aos barões do tempo
Deixo a sola de meus versos
No assoalho da voz
Tatuando no chão
Os sinais de fogo da rebelião
Aos barões do tempo
Deixo a gota
De veneno
Destilada dos sons
De suas taças cristais
Dos troféus de caça
A morder seu sono
Capoeira poeira levantou
A navalha do vento o verbo atou
Dissipando as algemas da razão
E a poesia abre um rasgo no real
Pra ver doer, sangrar
As estátuas de bronze do solar...