(Edson Leão)
Lua por trás da chuva
espreita tantos
úmidos mundos de desejo
nossa carne atada entre a gravidade e o sonho
flutuamos como num velho filme
na catedral de abismos
caleidoscópios
vitrais...
não... nada sagrado
nada profano
só um cochilo
que me aportou por engano
O dia está consumado
é fato
rostos em
flash
vidas que não teci
Ou Sim?
O satélite tem os cordões
uma
eminência parda
ao avesso do som
persigo em morse os sinais
da tuba
elétrica de uma banda invisível
amplificada pelo valvulado gotejar do
silêncio
tudo isso
por falta do que dizer
na hora de dizer boa noite
Que a fábrica de sonhos
que matraqueia a cachola de todos vós
garanta
uma provisão de poemas
que nunca almejarão o Oscar
posto que a esse
já pouco cabe de poesia.
Boa noite!
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
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