quinta-feira, 1 de setembro de 2011

NO CAMINHO DO BEN

(Edson Leão)
No caminho do Ben,
Mas ainda em Maya,
Vou à pé pela praia
Lembrando a revolução.

E a menina ginga
Na retina do som,
Sem lenço ,
Na dança do vento,
Brincando com os nervos
Do meu coração
Batuque de angola
Na cor de canela

Ê morena!
Quem desenhou
Tua roupa na janela?
Vendo a dona,
O chão da praia,
Mais parece passarela.

E eu não saio do ar
Enquanto ela não sair
Da alma do dia
Da mira do sol.

Ei garota, me dá um beijo!
Tua saliva, teu sal
Tua saída de praia
Teu sol tua tez
Teu calor de dezembro
O teu tesão-carnaval,
Teu segundo
Teu sempre...

Eternidade é assim:
Um quê de sopro ou montanha
Brutalidade e jardim...
Lembra de mim
Como um...
Aquele um que passou
E tatuou um momento
Na voz da tua canção...
Um maluco em teu suco
Uma mosca em tua nuca
Zumbindo frases sem som

Zen do Ben,
Zum zum zazoeira
Um zum-zen e só:
Acabou o chorare
Errare humanum est
Na cá cá cá, na fé fé fé
Fique calada de boa ...
Me deixe mudo sem nó...
E que fique tudo assim...
Pro que der e vier
Nesse dia branco.

Fique tudo lindo...
Pois no fundo e no raso
O silêncio vai fundo
Onde a palavra estancou...

*Colagem pós-tropicalista do Ben, com débitos com o dito cujo, Tim, Science, Chacal, Baianos e alguns Caetanos, Tom (aquele que é Zé), Chico (o que não é Science), Geraldinho (o Azevedo), Walter(o Franco), Milton, Ronaldo Bastos, Mundo Livre e talvez... TOCA RAUL!

Resumindo: Total falta do que dizer...
OU Não...!

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