segunda-feira, 29 de agosto de 2011

TÃO LONGE TÃO PERTO II

(Edson Leão)
Quando cai do palco
Éramos anjos radioativos
Espreitando a lágrima de Deus
Você me agasalhou em seu corpo
Mas eu via bruxas e fogueiras na escuridão
Ainda assim bebemos um oceano
Até que todos os bares se fechassem
E eu era o estranho ET dissecado pela NASA

Pelo microscópio, eu olhava meu espírito
Ele não sustentava o peso das botas
Então meu corpo cambaleava
Com você pelas ruas
Até se distrair
E ver que estava sozinho
Enquanto o dia clareava
Abrindo as padarias
Empurrando trabalhadores pelas ruas
E boêmios pra casa
E o sol nascia frio
Como toda manhã em JF
E eu cantarolava trincando os dentes
“Why can’t be good!”
Quase cochilando
No ônibus espacial
Que me devolvia em farrapos pra casa…

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